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Alguém disse uma vez: São as boas garotas que escrevem em diários. As más garotas nunca têm tempo. Eu? Eu apenas quero viver uma vida que irei lembrar. Mesmo que eu não escreva tudo.

Brooke Davis - One Tree Hill


É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.

Gabriel Garcia Marquez

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Quem não gosta de samba bom sujeito não é.É ruim da cabeça ou duente do pé ( Dorival Caymmi)

Eu guardo em mim, dois corações, um que é do mar um das paixões, um canto doce, um cheiro de temporal, eu guardo em mim um Deus, um louco um santo um bem um mal. Dorival Caymmi 
Passo a passo, passando, eu passo! Dorival Caymmi 
É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar Dorival Caymmi
"Gostar de si mesmo, sem egoísmo. Apreciar as pessoas em volta. Cuidar da saúde mental e física. Gostar dos seus horários. Não ficar melancólico, mas guardar na lembrança as melhores coisas da vida. E não abrir mão de ser feliz. A busca da felicidade já justifica a existência." Frases: Dorival Caymmi "Gostar de si mesmo, sem egoísmo. Apreciar as pessoas em volta. Cuidar da saúde mental e física. Gostar dos seus horários. Não ficar melancólico, mas guardar na lembrança as melhores coisas da vida. E não abrir mão de ser feliz. A busca da felicidade já justifica a existência" Dorival Caymmi
Dorival Caymmi, o mais ''baiano'' dos grandes nomes da Música Popular Brasileira 


Assista ao vídeo da música de Caymmi "O bem do mar"

http://www.youtube.com/watch?v=0vnfAeAv0GA



Dorival Caymmi, Nelson Pereira dos Santos e Tom Job
Em setembro de 1939, Dorival Caymmi lançou ''Rainha do Mar'' e ''Promessa de Pescador''. A partir de novembro do mesmo ano, a convite do músico Almirante, passou a atuar na Rádio Nacional. Foi lá, num programa de calouros, que conheceu a cantora Stella Maris, então com os seus 17 anos, com quem se casou em abril de 1940 e permanece até hoje. Ainda em 1939, sua música ''O Mar'' foi colocada em um espetáculo promovido pela então primeira-dama Darcy Vargas. Daí em diante seu prestígio foi se ampliando.
Dorival firma-se então como autor de músicas com temáticas ligadas às tradições populares, gravando em 1940 ''Samba da Minha Terra'' e, no ano seguinte, ''A Jangada Voltou Só''. A partir do final dos anos 40, passa a se dedicar ao samba-canção, que vinha sendo praticado desde Noel Rosa até Ary Barroso, com temática mais urbana. Nela prevaleceram temas românticos e intimistas. A música mais emblemática dessa fase é ''Marina'', gravada em 1947 por Dick Farney.
Capa do livro Dorival Caymmi, O Mar e o Tempo, de Stella Caymmi
Em 1943, Caymmi passa a freqüentar um curso de desenho na Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro, dedicando-se à pintura com intensidade por dois anos. Nada que o fizesse abandonar a música. Em 1945, musicou um hino de Jorge Amado para a campanha de Luís Carlos Prestes ao senado. A letra, mantida em segredo durante décadas, foi publicada pela primeira vez no livro Dorival Caymmi, O Mar e o Tempo, da neta Stella Caymmi. O refrão da música dizia ''Vamos Votar / Com Prestes Votar / Para o Partido Comunista / Vamos Votar''. Nos anos 50, Caymmi é tomado como referência pelas cabeças da bossa nova. Sua música foi um dos elementos mais importantes para o estilo, desenvolvido por João Gilberto, que gravou uma série de composições suas, como ''Rosa Morena'' e ''Saudade da Bahia''. Tom Jobim passou a destacar o caráter moderno da composição de Caymmi. Data daí o começo da grande e longa amizade que os dois cultivaram e que se estendeu às famílias.
Em 1965, traduzida para o inglês por Ray Gilbert, a valsa-samba ''Das Rosas'' estourou nos Estados Unidos na gravação do cantor americano Andy Williams. O sucesso o levou àquele país, onde fez shows, gravou um programa de TV e um LP, passando quatro meses em Los Angeles. Em 1968, o governo da Bahia retribuiu-lhe a divulgação internacional da cultura com uma casa de presente, em Salvador. Ele voltou a morar na cidade por algum tempo, quando aumentou sua ligação com o candomblé, tornando-se obá (espécie de ministro) do terreiro Axé Opó Afonjá.
Jorge Amado e Dorival Caymmi em 1952
Em 1972, foi condecorado com a Ordem do Mérito do Estado da Bahia. Nesse mesmo ano, lançou um LP que trazia a ''Oração da Mãe Menininha'', homenagem à Menininha do Gantois nos seus 50 anos de mãe-de-santo. Mais tarde, ele criaria, também, ''Modinha para a Gabriela'', baseada no romance Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado. A canção, interpretada por Gal Costa, foi sucesso nacional. Importantes homenagens dentro e fora do Brasil marcaram os anos 80 para Caymmi. Em 1984, no seu septuagésimo aniversário, ele foi condecorado em Paris pelo ministro da cultura francês, Jack Lang, com a Comenda das Artes e Letras da França, atribuída a importantes personalidades culturais. No ano seguinte, inaugurou-se em Salvador a avenida Dorival Caymmi. Em 1986, no Rio, o artista virou enredo da Estação Primeira de Mangueira, com o qual a escola de samba venceu o desfile do carnaval daquele ano.

http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT703614-1655-1,00.htmlhttp A obra de Dorival Caymmi é caracterizada pelos temas praianos e pela exaltação às belezas de seu estado natal, a Bahia. Com mais de 60 anos de carreira, Dorival lançou cerca de 20 discos e tem suas músicas gravadas por quase todos os grandes intérpretes da MPB. Hoje, vive no Rio de Janeiro, como patriarca de uma família de grandes intérpretes, compositores e instrumentistas.
Naturismo
O compositor costumava tomar banho nu na Lagoa do Abaeté num tempo em que o local era freqüentado apenas pelas lavadeiras. ''Quando elas iam embora, a minha turma aproveitava para tomar banho nu na lagoa. A gente se enrolava em folhas de coqueiro e ficava escorregando pelas montanhas de areia. Tinha um pessoal que não gostava, mas a maioria sabia que a gente não ficava nu por safadeza'', contou Dorival em uma entrevista ao jornal Valor Econômico.
Candomblé
Aproximou-se do candomblé por curiosidade e influência do pai, este convidado por amigos a participar de festas e cerimônias religiosas. Na religião, recebeu o título de Obá Onicoií, do terreiro Axé Opó Afonjá, por qualidades características do orixá Xangô, como seriedade, princípios morais, energia, amor à cultura, sabedoria e justiça.
Jorge Amado e Carybé
Jorge Amado e Dorival, parceiros na música É Doce Morrer no Mar
No carnaval de 1939, a convite da amiga Carmen Miranda, foi ao Baile do Flamengo no Rio de Janeiro, onde conheceu o artista plástico Carybé, do qual tornou-se amigo íntimo. No mesmo ano, ao passar pela Avenida Rio Branco, perto do Teatro Municipal, conheceu o escritor Jorge Amado por acaso. Apresentados por um amigo em comum como ''conterrâneos'', tornaram-se grandes amigos. Antes mesmo de chegar ao Rio, Dorival já ouvira falar de Jorge Amado. Os estudantes baianos comentavam os primeiros livros do escritor e seu teor antiditadura. A amizade se fortaleceu, mesmo durante o exílio de Jorge Amado na Era Vargas, e os encontros tornaram-se rotina. Foi numa dessas visitas, em uma feijoada na casa dos pais de Jorge Amado, que nasceu a canção ''É Doce Morrer no Mar''. Numa brincadeira, Dorival pediu a todos que fizessem versos em cima do verso ''é doce morrer no mar'', marca de Guma, personagem do livro ''Mar Morto''. Outras músicas em parceria dos dois são ''Modinha de Gabriela'', ''Beijos pela noite'', ''Modinha para Teresa Batista'', ''Retirantes'', ''Essa Nega Fulô'', entre outras. Carmen Miranda
O compositor e empresário Aloísio de Oliveira, falecido em 1995, contava que, em 1938, a sua então namorada Carmem Miranda estava pensando em mudar de vida, deixar a música e casar-se, mas, por contrato, ainda tinha um filme para fazer. A música seria ''No Tabuleiro da Baiana'', de Ary Barroso, que, no auge da fama, pediu uma fortuna para compor a trilha. A produção não topou. Braguinha, que era ligado à produção, lembrou-se de um jovem músico recém-chegado da Bahia, talentoso, autor de uma canção que caberia no filme. Era o jovem Dorival Caymmi. Na mesma noite em que foi contratado para fazer a trilha do filme, foi levado à casa de Carmen Miranda. A afinidade entre os dois foi instantânea. Caymmi cantou para Carmen ''O que É que a Baiana Tem?''. Ela adorou e criou, a partir da letra, o figurino que a consagraria internacionalmente. A canção imortalizou o filme Banana da Terra, lançou uma carreira explosiva de Carmem nos Estados Unidos e içou Dorival ao primeiro time da música popular.

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