Seja bem-vindo!!!!


Alguém disse uma vez: São as boas garotas que escrevem em diários. As más garotas nunca têm tempo. Eu? Eu apenas quero viver uma vida que irei lembrar. Mesmo que eu não escreva tudo.

Brooke Davis - One Tree Hill


É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.

Gabriel Garcia Marquez

sábado, 18 de dezembro de 2010

O trevo de Arceburgo ficou mais lindo

Esta placa com o beija-flor desejando boas vindas foi colocada na entrada de Arceburgo.Tem coisa melhor do que chegar em nossa cidade e ser recebida por um beija-flor.
Parabéns Ademir Carosia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Criação de bonecos com as crianças da creche


boneco Zé letrinha


boneca Sofia

Texto Vencedor das Olimpíadas de Língua Portuguesa de 2010

Vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa 2010

Luz, fé, sabor e ação

Aluna: Priscilla Nicola Silva
Professora: Joelma Freitas da Fonseca
Escola: Colégio Municipal Arceburguense; Cidade: Arceburgo – MG

Impossível esquecer-me da linda cidade onde passei toda a minha vida. Quando pequena, recordo ser também a cidade uma criança que começava a crescer junto comigo. Luz! Os postes de madeira foram colocados nas poucas ruas da minha cidadezinha. Eu ficava maravilhada com aquelas “estrelas” tão próximas, possíveis de serem tocadas. Os adultos diziam: “É obra do governo, o progresso chegou”. Acostumados com a novidade, voltamos à nossa rotina.

A Igreja Matriz: pedacinho do céu mesmo, sabe por quê? Foi construída pela comunidade, cada um cuidando da sua maneira; com o que podia e com seus respectivos talentos.

No ano de 1920 ficou totalmente pronta. Nas paredes e no teto, passagens bíblicas que retratam a vida do nosso padroeiro, São João Batista. A imagem que mais me impressionava era a da cabeça de São João numa bandeja. Mamãe me explicou o motivo que levara o nosso santinho à morte. Eu sentia medo, pena, e ficava profundamente triste com tanta maldade. Terminada a missa, bastava sair da igreja para os meus sentimentos começarem a mudar.
Ali o cheiro da comida mineira dominical alvoroçava minha vontade de comer. Era perceptível o cheiro da macarronada, do frango caipira e do doce caseiro, que era meu maior desejo. Como eu gostava de doces! E por me lembrar de gostosuras me vêm à memória as festas de São João. Noites claras, enluaradas, enfeitadas e temperadas com brincadeiras, leilões, guloseimas, bingos e barraquinhas. Eu não tinha dinheiro para comprar nada do que via; no entanto, papai trabalhava mais do que nunca nessa época para, ao menos, comprar para mim e meus irmãos um lindo e saboroso cartucho recheado com os docinhos que faziam um rio correr na boca.

Outra diversão daquele tempo era participar das brincadeiras do circo. Constantemente, nossa cidade recebia a visita de parques e do circo Lexo-Lexo. Confesso que tinha enorme preferência por este último! Ali, no terreno onde montavam aquela tenda, meus sonhos se erguiam também. Nos teatros, eu era sempre uma personagem. Faltava um autor, outro ator, eu e meu irmão Antônio tínhamos o que fazer; corríamos em volta daquele circo o dia todo e nos divertíamos muito, pois quando entrávamos em cena o circo já estava lotado. E era possível ouvir alguém dizendo: “Olha, os filhos do Filipim”. Eu me sentia bastante orgulhosa, quase me esquecia o que tinha para representar, mas aí era que todos gargalhavam...

Hoje, apesar da saudade daqueles tempos, vejo com grande satisfação as mudanças desta cidade. Lugar tranquilo, terra de amigos que não se encontram em canto nenhum. É uma cidade pequena, se comparada a outras, vizinhas, mas posso garantir que é aquela que se destaca por sua beleza, pelos recursos e empregos e por sua gente tão capaz e competente, gente feliz.

(Texto baseado na entrevista feita com a sra. Terezinha Peres da Silva Nicola, 65 anos.)

domingo, 31 de outubro de 2010

DOUTORES DA ALEGRIA ( a arte de fazer rir)

Os Doutores da Alegria são palhaços que fazem de conta que são médicos para crianças que fazem de conta que acreditam. Desse jogo, pautado pela criatividade, forma-se a bagagem e nasce a inspiração para espetáculos teatrais, livros, cursos, encontros, blocos carnavalescos e outras viagens...
eles são demais....

museus e centros culturais


O museu é uma instituição permanente, aberta ao público, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conserva, pesquisa, expõe e divulga as evidências materiais e os bens representativos do homem e da natureza, com a finalidade de promover o conhecimento, a educação e o lazer.
No Brasil, há o registro da existência de mais de 2500 instituições museológicas, que apresentam uma grande diversidade: são museus de caráter nacional, regional e comunitário, públicos e particulares, históricos, artísticos, antropológicos e etnográficos, científicos, tecnológicos, e com museus, museus de tudo e de todos.
O Instituto Brasileiro de Museus é o órgão responsável pela Política Nacional de Museus e pela melhoria dos serviços do setor - aumento de visitação e arrecadação dos museus, fomento de políticas de aquisição e preservação de acervos e criação de ações integradas entre os museus brasileiros.
A nova autarquia vinculada ao Ministério da Cultura sucedeu em 2009 o antigo Departamento de Museus do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nos direitos, deveres e obrigações relacionados aos museus federais.
Museus Museus Regionais Casas Históricas                                           IPHAN

Biblioteca Nacional completa 200 anos

biblioteca nacional
A Fundação Biblioteca Nacional, instituição vinculada ao Ministério da Cultura, comemora 200 anos nesta sexta-feira, 29 de outubro. O rico acervo da biblioteca bicentenária tem origem na coleção que pertenceu à Família Real e está disponível na Cinelândia, em um edifício inaugurado em 1910.
Para celebrar momento tão importante, foi organizada uma solenidade que contará com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e do presidente da FBN/MinC, Muniz Sodré. Na ocasião, será inaugurada a exposição Biblioteca Nacional 200 anos: uma defesa do infinito, e será lançada a Medalha 200 Anos – BN, edição comemorativa de iniciativa da Casa da Moeda do Brasil.
Juca Ferreira e Muniz Sodré participarão, ainda, de coletiva de imprensa, na qual o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e Ministério da Ciência e Tecnologia / FINEP anunciarão novos investimentos aos projetos da instituição. A coletiva acontece às 16h, na sede da Biblioteca Nacional (Jardim da Rua México, sem número, Centro, Rio de Janeiro).
A Biblioteca Nacional do Brasil é uma das dez maiores do mundo. O acervo, com cerca de nove milhões de obras, tem origem na coleção de D. João VI. A instituição é referência em projetos de restauração e digitalização na América Latina. Dentre as sessenta mil peças estão livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.
Em 1821, a Família Real regressou a Portugal, D. João VI levou de volta grande parte dos manuscritos do acervo. Depois da proclamação da independência, a aquisição da Biblioteca Real pelo Brasil foi regulada mediante a Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade celebrada entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto de 1825.
Fonte: Sheila Rezende, Comunicação Social/MinC

domingo, 3 de outubro de 2010

Almas perfumadas ( a arte da poesia)




ImageTem gente que tem cheiro de passarinho quando canta,
de sol quando acorda,
de flor quando ri. Ao lado delas,
a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande,
sem relógio e sem agenda.

Ao lado delas,
  a gente se sente comendo pipoca na praça,
lambuzando o queixo de sorvete,
melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.

  O tempo é outro e a vida fica com a cara que ela tem de verdade,
mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus,
  de banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.

Ao lado delas,
a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.

Ao lado delas,
a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo,
sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.

Ao lado delas,
pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.

Ao lado delas,
a gente não acha que o amor é possível,
a gente tem certeza.

Ao lado delas,
a gente se sente visitando um lugar feito de alegria,
recebendo um buquê de carinhos,
abraçando um filhote de urso panda,
tocando com os olhos os olhos da paz.

Ao lado delas,
saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa,
do brinquedo que a gente não largava,
do acalanto que o silêncio canta,
de passeio no jardim.

Ao lado delas,
a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro
e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo,
corre em outras veia pulsa em outro lugar.

Ao lado delas,
a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco,
juntinho ao nosso lado e a gente ri grande que nem menino arteiro.

Tem gente, COMO VOCÊ,
que nem percebe como tem a alma perfumada!
E que esse perfume é dom de Deus.
   Carlos Drumond de Andrade 

sábado, 2 de outubro de 2010

wwf

O WWF-Brasil

Leia mais Uma ONG brasileira dedicada à conservação da natureza com o objetivo de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade.

ÁRVORES DE ARCEBURGO


AMIGOS


HOJE QUERO MOSTRAR A BELA FLORADA DE UMA ÁRVORE ENTRADA DO PARQUE AMBIENTAL.



PAINEIRA-VERMELHA

Bombax malabaricum DC.

ALTURA ATÉ 20 MTS.

ORIGEM ÍNDIA E INDOCHINA

HARRI LORENZI EM SEU LIVRO "ÁRVORES EXÓTICAS NO BRASIL":

DIZ A LENDA QUE O PROFETA BUDA NASCEU SOB A SOMBRA DESTA ÁRVORE.

ESTA FLOR EM FORMA DE UM CÁLICE ARMAZENA UM BOA QUALIDADE DE NECTAR QUE OS BEIJA-FLORES FAZEM SEU BANQUETE, PORÉM ATRAI OUTRAS AVES.

ESTÁ ENTRE AS ÁRVORES DE MAIS BELA FLORADA DO MUNDO



Ademir Carosia

domingo, 26 de setembro de 2010

Concurso Arte na Escola "Natal e Patrimônio um universo artístico em sala de aula"





O projeto “Natal e patrimônio, um universo artístico em sala de aula tem por prioridade despertar nos alunos o mundo artístico que existe em seu interior.  Para tal, faz uso das técnicas artísticas de pintura com lápis de cor em papel sulfite, utilizando a técnica da geometrização da forma. O projeto foi elaborado para atender aos alunos de 1º ao 5º anos das Escolas de Arceburgo.
O mais importante não é definir quais alunos vão ou não vão concorrer, mas sim ter a satisfação do trabalho que será realizado com essas crianças. Nessa faixa etária em que a imaginação flui livremente, eles não acreditam em sua capacidade de transportar essa criatividade para o papel e transformá-la em arte. Será muito gratificante ver o quanto elas desenvolverão a criatividade para produzir os cartões de Natal.
Os cartões serão criados a partir de desenhos do Patrimônio da nossa cidade.


Iara Cristina Silva Nicola                              Arte-educadora
Setembro/2010

Oficina : Ciranda de Artes II

Oficina
Ciranda de Artes II
Tema: Recanto dos pássaros


Arte- educadora     Iara Cristina Silva Nicola

2010/2011



Introdução
O projeto consiste em investigar os aspectos da natureza e paisagem da nossa cidade, em especial o RECANTO DOS PÁSSAROS, sob o enfoque da pintura e, paralelamente, abrir esta experiência por meio de oficinas de desenho ao ar livre.
O contato íntimo com a natureza será o fio condutor para o exercício de descondicionamento do olhar
(Saber o que se quer, olhar sem a contaminação dos modelos existentes, buscar dentro d'alma um olhar mais significativo e tocante, são questões essenciais do Descondicionamento do Olhar.). Diferenciando a prática de pintura de uma ação apenas descritiva, a atividade exaustiva da observação, que na paisagem estende-se por todo corpo, implica em absorver uma carga complexa de elementos como luminosidade, temperatura, sonoridade, entre outros fatores atmosféricos, temporais e emocionais que permeiam a relação do artista com o ambiente.
Transpor uma pesquisa em pintura, até então desenvolvida no cenário arquitetônico da cidade de Arceburgo, para uma área verde como o recanto dos pássaros, o parque ambiental...compreendendo por “ambiente” não apenas os fatores naturais, mas também humanos, visto o contato com a população local, significa uma experiência de grande vitalidade.
“E a idéia é fazer com que essa atividade gere um arrastão coletivo e desperte a curiosidade de toda a comunidade local”.
Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada”. (BARBOSA, 2003, p.18)

Objetivo geral:
Tem-se por objetivo geral o conhecimento da fauna e da flora de Arceburgo, bem como a valorização do meio ambiente e o mais importante a interação social, pois ela modifica o comportamento dos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre eles.

Objetivo especifico:
Através do conhecimento da fauna e da flora da nossa cidade, será desenvolvida  técnicas da arte visual ( desenho, mosaico, pintura, colagem, textura etc.), apresentar –se à não apenas um desenvolvimento técnico, nas sobretudo uma humanização.
Tendo como foco, crianças , jovens e pessoas da 3ª idade, que são aqueles que infelizmente estão inseridos numa sociedade cada vez mais fria e pouco humana. Sociedade que não destruiu mas esqueceu de seus valores primeiros.
O conhecimento buscado, é aquele que impulsionará uma melhora na capacidade criadora, motora e técnica ,levando assim a criar uma mudança de atitude para com tudo e todos , vindo este fazer uma mudança em seu comportamento social .
Os métodos aplicados visam sempre o aprendizado de respeito, disciplina, limites, trabalho em equipe e valorização da coordenação motora.
O trabalho será realizado de acordo com a aptidão de cada um, sendo respeitadas a capacidade, a criatividade e a vontade do assistido.
Metodologia de Ensino para Crianças
A Oficina Ciranda de Artes terá uma metodologia de ensino própria para as crianças baseada no ensino da arte através de “observação e estudo da fauna e flora do nosso município”.
A Oficina terá como inspiração o RECANTO DOS PÁSSAROS. Os conteúdos serão desenvolvidos através de atividades artísticas individuais e coletivas com o auxílio da pesquisa, respeitando o desenvolvimento cognitivo e psicomotor de cada aluno dentro do grupo.
As técnicas artísticas serão experimentadas em diversas idades e adaptadas a cada nível. As atividades são realizadas baseando-se no interesse e na descoberta. Em tudo há uma busca da identidade artística na forma de expressão dos alunos como meta artística.



Arte para a 3ª idade
Terceira idade. Sim, aqueles a quem devemos todo o respeito, a quem devemos ceder o lugar no ônibus, metrô e lugar na fila. Não só pela lei, mas por que devemos isso a eles. Boa parte da sociedade atual tem rejeitado alguns valores e não se importam mais com os antigos. Antes, as crianças se sentavam ao redor dos mais experientes para ouvir palavras de sabedoria, palavras de quem já tinha vivido muito, e que agora, quase como tradição, explicava como era a vida de fato. Mas agora a realidade é totalmente diferente, oposta a tudo isso. Atualmente existe um preconceito absurdo e sem sentido com a terceira idade. Como se não tivesse valor, há histórias de alguns jogados em asilos, outros que vão até morar na rua, por serem expulsos de casa pelos próprios filhos. O respeito aos mais velhos agora é raro, exceção.

E uma dessas exceções será a oficina Ciranda de Artes II, que traz projetos para cidadãos da terceira idade.
Podemos ver que uma sociedade utópica, que também re-inclui quem um dia lutou pela liberdade de expressão, respeito ao próximo, que lutou pelos direitos que hoje todos os brasileiros tem, assim também como pela inclusão social, é possível. É com uma sociedade assim que o país vai para frente.
Atividades de desenho, pintura, com objetivo de proporcionar momentos de criação, relaxamento, produção e expressão artística.

MISSÃO DO PROJETO :
1 – Através da arte, fazer a Inclusão Social e Cultural de Crianças , Jovens e 3ª idade;
2 - Estimular a autoconfiança, o discernimento, a disciplina e a concentração no trabalho artístico;
3 - Promover habilidades, preencher o tempo ocioso do adolescente;
3 - Desenvolver o gosto estético e os aspectos físico, intelectual, cultural, emocional e perceptivo da criança , do jovem e do idoso;
4 – Compreender e apreciar a arte como importante meio de expressão e comunicação;
5 – Estimular a integração social entre os jovens, crianças suas famílias e a sociedade;
6 – Promover e contribuir para a formação e desenvolvimento da vida comunitária;
7 – Contribuir para o desenvolvimento humano, cultural, artístico, social, econômico e bem-estar da comunidade;
8 – Colaborar com poderes públicos e outras entidades na solução de problemas da região.

PÚBLICO ALVO:
Crianças, adolescentes, adultos da comunidade e 3ª idade de ambos os sexos.
Esse projeto propicia a todos os participantes, a oportunidade de participar de um processo inovador de aprendizado, produzindo arte com materiais de natureza diversa como, papel, mosaico, pintura, colagem entre outros.
A Arte é disciplinadora desenvolve a concentração, o respeito aos colegas, ao ambiente e aos trabalhos de outras pessoas, promove o autoconhecimento.

CONTEÚDO DO PROJETO :

Entre o conteúdo programático das aulas, estão :
Apresentação do material utilizado;
Estudo das cores;
Cuidados e manuseios com pincéis;
Desenhos;
Textura;
Sombras e luzes;
Técnica de pintura dimensional;
Pintura e colagem;

Pintura à Óleo Sobre Tela;

 Papietagem;

 Textura e reciclagem.
Monitoramento e avaliação:
No final da oficina, será desenvolvida  á criação de uma obra de visão única de cada indivíduo, a cerca do tema debatido e vivenciado na prática do desenvolvimento de sua respectiva técnica e forma de se expressar,para que também encontre este a sua própria maneira de se expressar. Aliviando assim sua possível forma de ver o mundo e as pessoas que nele estão inseridas. Realizando posteriormente uma exposição dos trabalhos realizados.

Resultados esperados
Espera-se que ocorra uma mudança não única e exclusiva da técnica, mas principalmente na forma de ver e interpretar o mundo que esta a sua volta, saber perceber que a  "A natureza é grande nas coisas grandes e grandíssima nas pequeninas"  e  que quando um indivíduo é levado a experimentar e refletir sobre si e o mundo, que é o que a arte proporciona, é encaminhado nos passos do desenvolvimento do ser humano. Só esta informação já nos dá uma pequena visão da Função da Arte. Passam a ser seres que pensam! E, como diria o poeta “quem pensa por si mesmo, é livre e, ser livre, é coisa muito séria!” (Renato Russo).

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Arceburgo em festa comemora os 99 anos de emancipação político - administrativa

Em continuidade aos festejos dessa importante data, na manhã do dia 31 de agosto, terça-feira, nas dependências da Prefeitura municipal foi aberta a exposição dos artistas Lúcio Bittencurt e Iara Nicola
.
 "Junto com os meus alunos do Projeto Ciranda de Artes, com o tema Cores do interior, conseguimos registrar um pouquinho da história dos lugares e das pessoas da nossa querida Arceburgo."

O artista Lúcio Bittencurt de Mogi das Cruzes expos suas belas esculturas , além dos belos trabalhos criados pelos alunos da rede municipal de educação durante a oficina ministrada pelo artista.
pintura de uma das senhoras que participou do projeto,escultura de Lúcio Bittencurt e alunos e professores da rede municipal de ensino durante a abertura.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Romero Britto

Beatriz Milhazes

Beatriz Milhazes...linda arte

FORTUNA BEATRIZ MUNDI


Beatriz Ferreira Milhazes (Rio de Janeiro RJ 1960). Pintora, gravadora, ilustradora, professora. Formada em comunicação social pela Faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro em 1981, inicia-se em artes plásticas ao ingressar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage em 1980, onde mais tarde leciona e coordena atividades culturais. Além da pintura dedica-se também a gravura, e a ilustração. De 1995 à 1996 cursa gravura em metal e linóleo no Atelier 78, com Solange Oliveira e Valério Rodrigues e em 1997 ilustra o livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canton. Beatriz Milhazes faz parte das exposições que caracterizam a Geração 80, grupo de artistas que buscam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos 1970, e tem por característica a pesquisa de novas técnicas e materiais. Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), à padrões ornamentais e à art deco, entre outras. Entre 1997 e 1998, é artista visitante em várias universidades dos Estados Unidos. A partir dos anos 1990, destaca-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York.



"Como a pintura de Gauguin, a de Milhazes é também , a seu modo, enganosa: parece sugerir um paraíso repleto de flores e frutos exóticos de uma natureza abundante pintado em cores alegres e jubilosas, na expressão de Barry Schwabsky em texto publicado nesse livro. No entanto, são pinturas produzidas numa cidade estereotipada pela imagem da abundância da natureza, da beleza e de um variado espectro de prazeres: o Rio de Janeiro. Mais ainda, nos últimos anos as pinturas de Milhazes também vêm sendo exportadas para importantes coleções na Europa e nos Estados Unidos. Nesse aspecto, é fundamental compreender que a pintura de Milhazes recupera para os nativos não apenas a produção de suas próprias imagens, mas sobretudo o eixo de exportação e disseminação delas entre o Sul e o Norte.

Tal operação não é construída de maneira tão calculada pela artista, e o elemento crítico de suas pinturas parece fundar-se justamente na ambivalência. Um segundo olhar detecta mais do que flora e fauna tropicais: do símbolo da paz à joalheria de Miriam Haskell, dos padrões de tecido de Emilio Pucci ao design paisagístico de Burle Marx, do chitão às alegorias de carnaval, dos ornamentos arquitetônicos art déco às geometrias de Bridget Riley. Não se trata tanto de apropriação ou citacionismo, mas de um melting pot em que os elementos utilizados são submetidos a processos mediadores de adaptação, tradução e derivação. A antropofagia é uma forte referência. Se as cores são alegres e jubilosas, a técnica particular de colagem das formas que Milhazes aplica a suas telas confere um aspecto precário e fragmentado ao conjunto. A pintora tropical é uma surfista, e seus Mares do Sul, um vasto junkyard hiperfigurativo, pleno de elementos nativos, estrangeiros, exóticos, genéricos derivativos e bastardos".

Pedrosa, Adriano. Mares do Sul. In: MILHAZES, Beatriz. Mares do sul. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2002. p. 81


"(...) As pinturas de Milhazes tem também um caráter social autoconsciente. Com seus motivos de flores, contas e laços, falam da feminilidade como um constructo histórico e também como um modo de vida - do trabalho que as mulheres fizeram e de prazeres que desfrutaram. Mesmo sem aqueles fragmentos reconhecíveis de imagética que tecem seus caminhos pela abstração de Milhazes, nós observadores poderíamos ainda inalar o aroma desta reminiscência, destilada pela própria padronização à qual aquelas imagens recorrem.

Mas essa padronização, não importa o quão magnífica, não tem maior relevância nas pinturas de Milhazes do que aqueles fragmentos de imagética ornamental.

Aqui tanto o padrão como as imagens estão a serviço da cor - mas a cor funciona de uma maneira tal que sua mera nomeação (que poderia dar a ilusão de que um pouco de cor é uma entidade com auto-identidade, independente , cujos atributos ignoram sua interação com o entorno) é um contra-senso. Uma pintura como Milhazes nos mostra , é uma sociedade de cores, e como tal cria e caracteriza os indivíduos que a constituem. Portanto é a pintura como um todo que confere caráter a cada cor nela contida, tanto quanto ou mais ainda do que cada cor empresta certo caráter à pintura".

Schwabsky Barry. Beatriz Milhazes - cor viva. In: MILHAZES, Beatriz. Mares do sul. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2002. p. 109 -110



"Trabalhando com um método de monotipia onde as imagens são preparadas sobre plástico transparente na medida inversa em que serão impressas na tela, a artista controla a espessura reduzida da matéria pictórica, esconde o gesto da pintura e congela a imagem decalcada. Nesse assentamento da fina película de tinta sobre a tela, pele sobre pele, derme sobre derme, o embate das formas circulares com o princípio geométrico cria uma pintura de sensibilidade hiperbólica, que nasce da luta desvairada entre figuração abarrocada e construção rigorosa - não da luta de um elemento contra outro, de uma vertente contra outra, mas da exaltação mútua que governa a sensualidade barroca revestida de cor matissiana e libera a emoção construtiva embrionária da obra.

As formas circulares reforçam núcleos ao mesmo tempo em que geram deslocamentos ora concêntricos ora expansivos, e perturbam qualquer desejo de hierarquia que a construção racional insiste em reinventar. Por isso são pinturas que não se oferecem ao primeiro olhar.

Impossível determinar planos ou privilegiar uma ou outra forma, pois são pinturas que se dão por inteiro e obrigam o olhar a percorrê-las de maneira escorregadia, sem conseguir singularizar qualquer instância.

Para Beatriz, o barroco se mantém como dado cultural, mas apenas como memória arquetípica. Como emoção, está deslocado e engana motivações saudosistas. Foi sem dúvida extraído por ela de raízes profundas garimpadas do nosso tempo histórico, porém transformou-se em imagem espelhada, em simulacro que adentra e reforça o redemoinho das estruturas construtivas da obra. (...)

É uma pintura onde a reflexão rastreia plasticamente as tensões que se assentam numa aparente solidez da história, mas que se dá como uma nova percepção dos fenômenos e dos significados da criação e da expressão da arte".

BARROS, Stella Teixeira de. [Beatriz Milhazes]. In: BEATRIZ Milhazes. São Paulo: Galeria Camargo Vilaça; Caracas: Sala Alternativa Artes Visuales, 1993. p. [5-6].



Beatriz Milhazes, entre 1981 e 1982, estuda pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, na qual, mais tarde, leciona. Participa, em 1984, da exposição Como Vai Você, Geração 80? Na opinião do crítico Frederico Morais, a artista revela, desde o início da carreira, a vontade de enfrentar a pintura como fato decorativo, aproximando-se da obra de artistas como Henri Matisse (1869 - 1954). Interessa-se pela profusão da ornamentação barroca, sobretudo pelo ritmo dos arabescos e pelos motivos ornamentais presentes na obra de Guignard (1896 - 1962).

Suas obras da década de 1980 revelam uma tensão entre figura e fundo, entre representação e ornamentalismo. Posteriormente, faz opção por uma pintura de caráter decididamente bidimensional. Beatriz Milhazes revela sensibilidade no uso da cor, como nas obras O Príncipe Real (1996) ou As Quatro Estações (1997).

A artista trabalha freqüentemente com formas circulares, sugerindo deslocamentos ora concêntricos ora expansivos. Na maioria dos trabalhos, prepara imagens sobre plástico transparente, que são descoladas, como películas, e aplicadas na tela por decalque. Aglomera as imagens, preenchendo o fundo e retocando a imagem final. Os motivos e as cores são transportados para a tela por meio de colagens sucessivas, realizadas com precisão. A transferência das imagens da superfície lisa para a tela faz com que a gestualidade seja quase anulada. A matéria pictórica obtida por numerosas sobreposições não apresenta, entretanto, nenhuma espessura: os motivos de ornamentação e arabescos são colocados em primeiro plano. O olhar do espectador é levado a percorrer todas as imagens, acompanhando a exuberância gráfica e cromática presente em seus quadros.

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural - Artes Visuais



























FORTUNA BEATRIZ MUNDI


                          José Antônio Cavalcanti


I.

Movo-me entre miragens?
As cores com sabor de samba
em explosões Sapucaí?
Solar desfile biopictórico.
de sistemas insondáveis:
flores ou outros mundos
em telas estreladas?








II.

Fazer o outro feliz
nos fios e filamentos
em fuga de pincéis
para olhares alheios.
Sonhos Beatriz
para Dantes em travessia.







III.

Colagens circulares
cercam olhos desertos.
É na retina,
lago de imagens inermes,
que luz e cor
sob forma de flor e lua
profanam a tela triste dos dias.







IV.

Quando pintar é doar-se,
reger orquestra de orquídeas
em fissuras,
reinar sob rascunhos e rasuras
mirando o ovo vazio
à procura de suculento abismo,
no risco de encarar as tintas
do nihilismo
e gerar alegria na cidade.









V.

A impropriedade dos círculos
é que disputam ao olhar o
movimento de leitura de almas.
Somos tomados
pelas formas redondas,
invadidos, devassados,
virados pelo avesso.
No final, imantizados por entretons e tonalidades
na pauta pincelada de hipnótica música plástica,
a exposição é toda nossa.










VI.

Tropicolor,
Tropicaos,
Tropicarioca.
Exuberância de passista
fantasiada de Matisse;
pinceladas são passes e cálculo,
geomentiras giroverdades.
Saldo da obra:
tensão entre incessância barroca
e rigor construtivista.




























VII.

Da monotipia
a mundos plurais.
Planos indeterminados
levam as formas a contínuos deslocamentos
ou somos nós que nos deslocamos
ao contemplá-las?
Bordado de Penélope,
o tempo circular anuncia o regresso
do humano ao humano.







VIII.

Cabeça de mulher.
planeta
ou óvulo,
tudo circunferências
em que se guardam mundos.
Espesso espaço de pensamentos vastos,
Campo magnético desconhecido
de tons ainda não inventados:
amarelo-fulgor, azul-imperatriz, verde-redondo.






IX.

Giramundo
giravisão
girândola
geomotivos em constelações
hegemonia do múltiplo
a cromodiversidade da alegria
do viver carioca
na espacial dimensão humana
de perspectivas que escapam
a cálculo e controle.
























X.

Mandalas,
qual mago, monge ou mandarim
desenharia destinos florais
em vestidos ou tapetes de cortesãs?
Em que escola de samba
uma ala se abriria
para abolir a tinta escura
sobre a esfera oculta dos dias?


























XI.

Os círculos ausentes
são astros inscritos em órbitas impossíveis.
Seus movimentos
proveem as lacunas de águas misteriosas,
alimentam-nas de palavras incompreensíveis.
O que não veio
é o que está no centro,
o mais-para-dentro,
o secreto.
O círculo ausente não é o deserto,
pois os desertos são escritos e abertos.
Só o mais denso em nós se revela em silêncio
e em silêncio nos escapa.







XII.

Arcos sobre arcos
vão além do ornamento:
aportam no requinte.
Abundância barroca
costurada pelo rigor Milhazes.
Película, plástico, papel:
dinâmica da cor em velocidade.
Rodas em movimento na tela.





















XIII.

Disco de múltiplas camadas,
de era indeterminada.
Seu tempo foi amanhã
(se houver),
é ontem
e será hoje.
Babélico floral humano:
se a Beleza não resiste ao tempo
também não existe tempo sem Beleza.
A flor, então, é viço para sempre.








XIV.

Anel,
arco,
aro,
bola,
roda,
disco,
círculo,
circunferência,
flores, floreios, florilégios,
sacros, profanos, sacrilégios
Arquitextura Milhazes:
“tu és pólen e ao pólen voltarás”.






















XV.

Périplo do pigmento,
galáxia floral,
pintura corrosiva,
veneno antitédio antitristeza.
Limpo os meus olhos
de tantos detritos ao ver-te,
reinauguro a possibilidade
do olhar como forma de invenção.
O olho não apenas cópia,
tradução,
filtro da realidade,
mas o círculo mágico da criação.






XVI.

Em que esferas nós vivemos?
Em que esferas nós dançamos?
Que sejam próximas ao mundo Milhazes,
esferas plenas de gáudio e poesia,
esferas a caminho do aberto e do impossível,
esferas de fantasias e de alegorias carnavalescas;
rodas rodas rodas de bambas
como a mais pura roda de samba.

http://www.youtube.com/watch?v=Cbi5HDfJhh8