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Alguém disse uma vez: São as boas garotas que escrevem em diários. As más garotas nunca têm tempo. Eu? Eu apenas quero viver uma vida que irei lembrar. Mesmo que eu não escreva tudo.

Brooke Davis - One Tree Hill


É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.

Gabriel Garcia Marquez

segunda-feira, 19 de julho de 2010

breve história da encadernação


Principais características das encadernações ao longo dos séculos
Séculos VIII – XI
Encadernações em pele de cervo, porco e tecido. Cabeceado de alinhavo, sendo as capas de
madeira grosseira. Guardas ausentes ou uma de pergaminho. Cortes aparados. Decoração
simples.
Séculos XII – XIII
Cobertura de antílope, couros tingidos e pergaminho. Costura sobre nervos. Pranchas de
madeira como capas. Lombadas achatadas ou ligeiramente arredondadas. Cabeceado em ponto
de seleiro. Cortes aparados. Títulos sobre os cortes. Guardas de pergaminho. Decoração mais
variada, com fechos.
Séculos XIV – XV
Surgimento da tipografia, com conseqüente aumento do volume de livros e da encadernação.
Livros menos imponentes. Surgem novas técnicas e materiais. Passagem do pergaminho ao
papel. Utilizam-se vaqueta, carneiro e porco. Meia encadernação (fim do século XV).
Encadernações de tecidos (sedas-brocados). Costura sobre nervos. Lombada começa a
arredondar-se. Nervos salientes, em geral duplos marcados na pele. Cabeceado trançado de fio
ou tirinhas de pele. Guardas de pergaminho ou papel branco. Surgem os cortes decorados,
dourados ou coloridos para manuscritos. Decoração com filetes ou ferrinhos estampados a frio.
Placas, cantoneiras e fechos.
Século XVI
Aparecem as encadernações de pequenos formatos. Estilos da renascença, incluindo as
encadernações Aldinas (os Aldi foram famosos encadernadores e impressores em Veneza). Em
Paris e Lyon, surgem oficinas de livreiros e encadernadores. O bibliófilo Jean Groglier marca um
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estilo com suas encomendas, com entrelaços nas capas. Coberturas de tecido até 1530.
Vaqueta lisa era mais freqüente. Aparecimento do marroquim tingido de várias cores nas
encadernações de luxo a partir de 1537. No final do século aparecem as encadernações flexíveis
em pergaminho. Costura de nervos marcados e banda de pergaminho reforçando o entrenervo
da cabeça e do pé. Cabeceado simples à passamanaria (tipo espanhol) à chapiteau (tipo grego).
Guardas de papel branco ou pergaminho. Desaparecimento das pranchas de madeira como
capas. Papelões compostos de papéis contra-colados. Cortes aparados, dourados ou cinzelados
para encadernações de grandes ornamentos. Lombada pouco decorada, sem título, depois
florões e título incompleto. Capas estampadas a frio. Aparição das dourações.
Século XVII
Cobertura de pergaminho, pele de carneiro, marroquim e vaqueta para encadernações de luxo.
Costura sobre nervos simples ou duplos. Lombada com banda de pergaminho reforçando o
lombo. Cabeceado em cores. Guardas brancas até 1640, depois coloridas, penteado fino a sete
cores. Capas de cartões rígidos feitos com várias camadas de papéis. Cortes aparados, pintados
de vermelho ou azul e dourados para as encadernações de luxo. Decoração no início, com
riqueza de ornatos, depois, de excessiva sobriedade no final da época de Luiz XIV. Título no 2º
entrenervo. Fim do século, moldura rendada. De modo geral, fineza nos ferros.
Século XVIII
Cobertura pleno couro. Meia encadernação para os livros comuns no final do século. Marroquim
para as encadernações de luxo. Costura entre nervos. Lombada com nervos longos no final do
século. Cabeceado de várias cores. Guardas de seda ou couro. Papéis de cores variadas.
Capas de papelões de várias camadas. Cortes tingidos de vermelho, às vezes marmorizados e
dourados para os de luxo. Títulos inteiros no final do século. Algumas encadernações com
mosaicos. Surge a decoração com estampagem ou impressão com placa matriz, substituindo os
ferros avulsos.
Século XIX
Aparecimento da encadernação industrial, cartonagem simples ou à la bradel, capa solta. De
1830 a 1850, expande-se a encadernação francesa, com reflexos em Portugal e no Brasil.
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Aparecimento da costura sobre cadarços. Nervos falsos. Cortes marmorizados combinando com
as guardas. Cortes dourados nas encadernações de luxo.
Século XX
Encadernações em couros diversos, percaline (tecido recoberto com resina não plástica colorida;
não confundir com produto do mesmo nome comercializado no final do século, composto de
tecido e plástico). Durante a Semana de 22, surgem florões e estilos de encadernações alusivos
ao evento. Encadernações meia cana/canaleta, início do século, muito resistente e lombo
quadrado para folhas soltas, final do século, resistência e abertura deixando a desejar.
Fonte:
“Resumen de las principales caracteristicas de las encuadernaciones en el curso de los siglos"
(autor desconhecido)

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