A Conservação e a Restauração visam salvaguardar o que consideramos bens culturais, que são produtos de nossa cultura - do pensamento, do sentimento e da ação do homem. Esses bens formam o patrimônio histórico e artístico, ou seja, nosso Patrimônio Cultural. Arceburgo-MG BRASIL
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Alguém disse uma vez: São as boas garotas que escrevem em diários. As más garotas nunca têm tempo. Eu? Eu apenas quero viver uma vida que irei lembrar. Mesmo que eu não escreva tudo.
Brooke Davis - One Tree HillÉ necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.
Gabriel Garcia Marquezsegunda-feira, 30 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Arte Celta
A Arte Celta
No primeiro milênio antes de Cristo, os antigos celtas ocupavam uma grande parte da Europa como contemporâneos da Grécia e de Roma. Fora do âmbito clássico, viviam então quatro povos guerreiros, considerados bárbaros: os citas, nas estepes do Oriente; os germânicos, no Norte; os ibéricos; e os celtas, que reinavam, migravam e lutavam por toda a parte, nos Bálcãs, na região do médio Danúbio, na Boêmia, no norte da Itália e Gália até a Grã-Bretanha e Irlanda. Eles saquearam a Grécia, fundaram, na época helenista da Ásia Menor, o Reino da Galácia e chegaram até a Dinamarca, a Silésia e a Ucrânia. Os celtas surgiram na proto-história - época da qual a arqueologia e a lingüística são os únicos testemunhos.
Enquanto existiram como um povo, com reinos sempre em conflito entre si, os celtas criaram, durante cerca de mil anos, uma arte característica, que ocupa um lugar de honra na formação cultural do ocidente e que sobreviveu na Irlanda e Bretanha cristãs, justamente até a época em que se fixaram por escrito nestas duas ilhas suas lendas épicas - nos primeiras grandes obras da literatura européia narradas em língua vulgar.
Inclusive na Epopéia de Bran, surgida na Irlanda por volta do século IX d.C, numa visão mística do mundo, que Matthew Arnold chamou de magia da natureza. Talvez três mil anos antes da época do manuscrito dessa epopéia, e ainda na pré-história, se tenham estabelecido as bases da civilização européia, e os celtas foram um dos povos que contribuíram para formar definitivamente o seu caráter.
O caráter deste povo, marcado por contradições - amor excessivo tanto à luxuria como ao ascetismo, à exaltação e ao desespero; ausência da disciplina e do dom da organização; presença da coragem e do gosto pela disputa; e existência da crueldade, da superstição e da eloquência - é a antítese do ideal grego da moderação. Manifesta-se ainda no amor pelas belezas naturais, em lendas imbuídas de mistério e de imaginação, e num senso estético que prefere decoração e estilização à simples representação figurativa.
A arte de todos os povos antigos é na sua maioria religiosa, representando o sentimento do sagrado. E - ao menos em sua origem - está reservada a essa função. Os historiadores antigos ficavam perplexos com a total ausência da estatuária entre os celtas. Lucano (século I d.C.) relata que, em vez de esculpir estátuas, eles se contentavam em talhar grosseiramente troncos de árvores evitando de toda maneira dar-lhes formas humanas, e o autor explicou isso pela incapacidade artística dos bárbaros.
A filosofia religiosa dos celtas era mística. Toda a representação era realística - ou cópia da natureza (provavelmente a base da arte clássica) - e estranha à mentalidade e religião celtas. Segundo o historiador francês Albert Grenier, "não foi a arte que omitiu os deuses, foram os deuses que omitiram a arte".
A arte celta utiliza objetos do dia-a-dia, decorando-os com motivos geométricos, como, por exemplo, espirais, e, sobretudo, com animais e vegetais, símbolos da vida eterna transformados em decoração. São trepadeiras luxuriantes e brotos ainda recém-nascidos, monstros, seres híbridos, rostos humanos levados à caricatura, símbolos mágicos que se mesclam com a grandiosidade de composições lineares, imagens fugidias que deslizam do real para o irreal, ou combinações abstratas de marcada simetria, escondidas atrás de uma dissimetria aparente.
A forma se anima, seres vivos passam a se assemelhar a vegetais. Os rostos ficam geométricos, os temas abstratos, quase humanos. Para fugir à imitação da natureza, a arte celta utiliza uma fusão contínua de motivos. Uma transformação que mistura todos os temas - humanos, animais ou vegetais -, onde o que se faz é abstrato. Com raízes no período Hallstatt -, um burgo da Áustria onde se descobriu uma necrópole, com cerca de mil sepulturas pré-históricas, e que deu nome ao primeiro período da Idade do Ferro (cerca de 700 a 480 a.C.) -, esta forma fundamental da arte celta chega a seu ponto culminante na época de La Tène - localidade da atual Suíça - quando a civilização celta atingiu seu apogeu (500 a.C., aproximadamente), com a introdução da policromia na joalheria, nas armas e nos arreios de cavalos.
Pode-se dizer que pela primeira vez aparecia na Europa bárbara uma arte sofisticada, baseada na do mundo clássico e adotando até certo ponto seus critérios. Suas obras-primas demonstram um alto senso de forma, estrutura e linha; o uso de espaços vazios - que evita sobrecarregar a superfície com uma profusão de ornamentos - resulta num equilíbrio perfeitamente estético. Muitas destas obras possuem grande vitalidade dinâmica, mas não são irrequietas, pois o movimento vigoroso, muitas vezes evoluindo de um centro gerador, é sempre capturado com segurança num dado momento. Estes artesãos incorporaram elementos de fontes diversas, mas com tanto vigor e originalidade que criaram seu estilo próprio e individual. Durante os dois séculos de seu florescimento, uma certa unidade no tratamento estilizado de homens e animais é evidente: às vezes aristocrático, às vezes intensamente estranho, ou apenas levemente indicado na complexidade de sua concepção, pela presença persistente do ornamento grego e pela contraposição habilidosa de assimetria e simetria.
Um dos objetos mais significativos da vida diária era o caldeirão, utensílio que desempenhava, também, um papel importante no ritual religioso. Era no caldeirão que se preparava o hidromel e a cerveja servidos aos heróis. O caldeirão mágico do Rei Artur ainda aparece na literatura do século XII, para ser reintroduzido por Shakespeare no Macbeth. Alguns exemplares sobreviveram até os nossos dias. O mais famoso deles é o encontrado em uma turfeira perto de Gundestrup, na Dinamarca, em 1891. Ele data do período entre os séculos II e I a.C., e a presença de elementos orientais indica o médio Danúbio como local de origem.
O historiador grego Estrabão, nascido na Capadócia cerca de 58 a.C., relata como os címbrio presentearam "seu caldeirão mais sagrado" ao Imperador Augusto. Deve ter sido da manufatura celta, e de prata repuxada, tal como a daquele de Gundestrup. O caldeirão de Augusto tem 42 centímetros de altura e 69 centímetros de diâmetro, e pesa, aproximadamente, nove quilos. Cenas animadas e espetaculares estão representadas sobre suas paredes internas e externas: o deus chifrudo Cerunno e outras divindades, máscaras humanas, serpentes, animais naturais e fantásticos, uma procissão de guerreiros armados e cenas de rituais, como, por exemplo, um sacrifício humano.
Na Gália conquistada, a romanização fortemente organizada se impôs com tanta força que, setenta anos depois da era de Augusto, nada restou do antigo estilo celta numa arte que agora chamamos de galo-romana e que se encontra calcada na imitação da arte dos conquistadores. Mas algumas pequenas estatuetas e as numerosas lápides representando cenas do cotidiano - um ferreiro manejando o martelo, um alfaiate com seus tecidos, um fabricante de sabão e seus caldeirões, um navio cheio de barris sendo rebocado - conservam uma característica, um certo jeito artesanal que as distingue claramente das obras romanas da mesma época, com cenas de guerra ou de caça postas em arcos do triunfo ou sarcófagos fabricados em série.
Muitas das peças que chegaram até nós são executadas em ouro (raras vezes em prata) ou bronze, mas também existem boas peças em ferro, madeira e cerâmica. Os ornamentos em corais e esmalte e a cerâmica pintada mostram que os contrastes eram rebuscados e estimados, e os contrastes da contextura muitas vezes acentuados por pontilhado ou sombreamento.
O caráter místico da religião celta e o simbolismo da sua arte eram estranhos demais para os romanos. Mas a qualidade técnica dos artistas continuou a afirmar-se, mesmo depois da conquista, e o legado dos celtas constitui, hoje, um tesouro de extrema importância para a cultura universal.
Fonte: texto de Fred Madersbacher / Fotos: Reproduções
Lendas e Druidas
Quase tudo que existe a respeito da mitologia celta foi escrito pelos historiadores cristãos a partir de tradições orais - centenas de anos depois de estes mitos terem funcionado como parte integrante da vida dos celtas - ou, em alguns casos, colecionado por estudantes contemporâneos de folclore. É verdade que sobreviveu uma grande literatura, particularmente na Irlanda e no País de Gales. A deusa Dana, por exemplo, é evidentemente a Ísis egípcia e tornou-se conhecida por mais de trinta nomes, entre os quais Badb, Cailleach e Macha. Ela é também a Deusa-Mãe ou o princípio feminino, a Ártemis celta dos escritores clássicos, com toda a terra fértil e a criação animal sob seu controle. É a deusa da vida e da morte e uma grande matadora de homens. Seu parceiro, Dagda, revela-se um Hércules primitivo, representando o princípio masculino.
Os sacerdotes que organizavam o culto das divindades eram os druidas. Como não possuíam escrita, nenhuma de suas cresças nos chegou intacta; o que sabemos deles foi compilado de escritores clássicos como César, Diógenes, Laércio, Estrabão, Tácito e Plínio, o Velho. Outros dados podem ser colhidos de lendas ou histórias de santos e de indícios arqueológicos. Só um único templo druida nos foi descrito; seus santuários geralmente eram grutas ou bosques de carvalhos. Seu pitagorismo, mencionado pelos escritores clássicos, significa que acreditavam na reencarnação e em números sagrados, como o “três” documentado nas tríades de divindades. Os druidas devem ter exercido o papel de juízes entre os celtas indisciplinados, e regularmente celebravam sacrifícios humanos.
Em 43 d.C., o Imperador Cláudio conquistou a Inglaterra. Existem documentos referentes aos druidas desta época. O general romano Suetônio Paulino comandou no ano 61 uma expedição punitiva, e Tácito faz uma descrição viva deste encontro: "O exército inimigo colocado à margem do rio era formado por uma multidão compacta de guerreiros e de mulheres que gritavam imprecações, vestidas de preto como as Fúrias. Ao redor os druidas, as mãos elevadas ao céu, lançavam maldições terríveis, desconcertando nossos soldados com essa visão desusada".
Alguns dos reis celtas conseguiram, durante algum tempo, deter outra invasão, a dos germânicos. Entraram no reino das lendas: Vortigern, Uther Pendragon e outros. Mas a figura mais famosa e fascinante é sem dúvida a do Rei Artur, dos Cavaleiros da Távola Redonda. É bem conhecida a lenda sobre o aparecimento de ima bigorna atravessada por uma espada mágica, com uma inscrição prometendo o reino àquele que conseguisse retirá-la, e de como Artur foi o único a realizar a proeza. Artur conquistou um grande reino, aconselhado sabiamente por Merlin, o mago, e na sua capital, Camelot, a Távola Redonda tinha lugar para 150 heróis. A lenda descreve ainda as aventuras de seus cavaleiros, notadamente Sir Gawain, Sir Lancelot (que amava a bela rainha Guinevere, mulher de Artur), Sir Tristão e muitos outros. No fim se contam a amarga sorte de Merlin, que ficou aprisionado sob a terra, e a terrível batalha de Camlan, onde o velho rei caiu mortalmente ferido por seu compatriota Mordred. Mas qual é a verdade histórica, atrás desse ciclo de lendas? Não sabemos. A história dos reinos celtas dessa época é pouco conhecida.
Certos arqueólogos continuam na procura algo quixotesca de provas da existência do grande rei mitológico, mas até hoje nada de concreto encontraram. Mas nem tudo do ciclo arturiano é mera lenda. Sir Thomas Malory escreveu, em 1485, referindo-se a uma das mais famosas histórias de amor: "Contar das alegrias que havia entre a bela Isolda e Sir Tristão - não há língua para falar, nem coração para pensar, nem para escrever". É conhecido o trágico fim do triangulo amoroso entre Isolda, Tristão e o Rei Marco, da Cornualha. Numa encruzilhada de duas rodovias, distante cerca de quatro quilômetros de Fowey, na Cornualha, encontra-se um monólito alongado, irregularmente esculpido, colocado sobre um pedestal moderno. Numa de suas faces, há uma inscrição em latim: Hic iacit Drustans Cunomori filius - "Aqui jaz Drustans, filho de Cunomorus". Provoca uma estranha sensação pôr a mão na superfície carcomida desta pedra milenar, que é quase certamente a lápide de Tristão, pois Drustans é uma forma para seu nome, e o Rei Marco era chamado nas crônicas antigas de Marcus dictus Quonomorius.
Para ver mais imagens, acesse o álbum de fotos do Jornal A Relíquia.
Amanheço hoje
Com as forças dos Céus,
Luz do Sol,
... Brilho da Lua,
Esplendor do Fogo,
Resplendor das Chamas,
Velocidade do Vento,
Rapidez do Raio,
Firmeza da Rocha,
Estabilidade da Terra,
Profundidade do Mar.
Amanheço hoje
Pela força secreta e
Divina que me guia.
Que assim seja
E que assim se faça!
O Calendário Maia
O TEMPO MATEMÁTICO DOS MAIAS
O TEMPO MATEMÁTICO DOS MAIAS
por Victoria Hardy
Signos que assinalam os meses do calendário Maia. Para saber mais sobre cada mês, visite o website MAYA PORTAL (em inglês). Para os maias o tempo tinha seus segredos; segredos de natureza matemática. A realidade se repete em ciclos. Quem estudar a matemática dos fatos passados, encontrando igualdades e proporções poderá prever o que pode acontecer e quando pode acontecerá, seja uma Idade do Ouro ou o cataclisma do futuro.
O calendário Maia intriga muitos estudiosos em todo o mundo. O conceito de tempo e o uso dos calendários são fascinantes; tanto mais que o calendário é um elemento fundamental do fenômeno "civilização". O professor e pesquisador especialista em calendário maia, Ian Xel Lundgold, chama a atenção para a idéia de que "quem controla o calendário, controla a civilização"; porque em civilização as pessoas necessitam de comunicação pela sincronia de uma série de atividades rotineiras que sustentam a ordem cotidiana.
Os dias são regulados por horas, momentos marcados; datas para os encontros, para o pagamento das contas, para o cumprimento de expectativas, períodos marcados para trabalhar e para descansar (férias). O tempo é isso, a medição dos momentos de duração dos seres e de suas relações, com base em um marco inicial imaginário e mutuamente acordado, em sociedade.
Nos países que usam o sistema cronológico ocidental, o tempo é regulado pelo calendário Gregoriano, estabelecido pelo Papa Gregório XIII em 1582 e que foi adotado aos poucos em todo no mundo católico-cristão. Em resposta à a gradual perda de prestígio secular da Igreja de Roma (influência do Vaticano no mundo) e com a valorização das culturas regionais, outros calendários ganharam visibilidade. Hoje, fala-se muito no calendário do Islã (mês de Ramadã), no ano judaico e, desde o início do terceiro milênio, tem crescido o interesse pelo místico exotismo do "Calendário Maia" segundo o qual, o "Fim dos Tempos" virá com dia e hora marcados: 21 de dezembro de 2012.
Lundgold explica que o calendário maia, chamado Haab identifica os chamados "ciclos de criação e destruição". Os maias entendiam que as coisas se repetem ciclicamente em todas as esferas do ser, seja o universo inteiro, seja uma civilização, um planeta ou a vida de um indivíduo. [A sabedoria também se repete: na Bília, no livro atribuído a Salomão, esse idéia aparece em palavras claras.]. Considerando que o desenrolar dos acontecimentos estão submetidos a ciclos, seria possível, a partir do estudo de fatos passados desenvolver, matematicamente, um diagnóstico para os tempos futuros.
O Haab - o ano maia - compreendia dois períodos: o Tun ou Tzolkin, com 360 dias divididos em 18 meses de 20 dias; e o período de Xma Kaba Kin, de 5 dias, considerados azarados. O dia nº 0 da Era atual é situado em 3.113 a.C., quando Vênus desaparece no oeste enquanto as Pleiades nascem no leste fechando um ciclo de 5.125 anos, em 21 de dezembro de 2012.
FONTE
Mayan Calendar and Time
In AMERICAN CRONICLE publicado em 22/01/2007
Arte e Arquitetura Maia - História da Arte e Arquitetura Maia
No que restou das cidades maias, os arqueólogos encontraram vestígios de observatórios astronômicos — entre os quais o mais importante é o El caracol, na cidade de Chichén Itzá —, praças de recreação, espaços para jogos de bola e uma bem elaborada infra-estrutura urbana. Nas esculturas, em estilo naturalista, chama atenção a profusão de elementos que se harmonizam com surpreendente senso de proporção. A serpente é a representação mais encontrada em ruínas de palácios, estádios e pirâmides.
A arte maia tem suas raízes na cultura olmeca (1200-400 a.C.) e, posteriormente, recebeu influências da arte de Teotihuacán e Tula.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
2012 - bom ano para conhecer a cultura MAIA
"Podemos dizer que eles não foram a melhor civilização, também não os denigro. Foram uma civilização muito avançada que pôde medir o tempo, eles surgiram após outras culturas como a olmeca, da qual aprenderam muitas coisas e aperfeiçoaram algumas", disse à Agência Efe o arqueólogo hondurenho Vito Veliz.
Na sua opinião, "os Maias olhavam o tempo e a vida como uma coisa cíclica e o dia 21 de dezembro de 2012 em seu calendário solar termina um ciclo e começa outro".
Mas a conta regressiva do último ano do calendário solar maia, de conta longa, que finaliza em 21 de dezembro deste ano, foi interpretada por alguns como a chegada do fim do mundo nessa data. A esse respeito, Veliz diz que "essas premonições somente cabem em gente que faz sua imaginação voar, e algumas pessoas, que não têm informação".
Veliz, com estudos no Kansas (EUA), ex-gerente do Instituto Hondurenho de Antropologia e História e professor universitário, diz que "os Maias não fizeram nenhum prognóstico sobre isso. Há muita questão imaginativa de gente dizendo que será o fim do mundo, quando o que haverá é o fim de um período. Nada de catástrofes, nem algo parecido".
Na véspera do início da conta regressiva do calendário maia, o dia 21 de dezembro, Veliz ditou uma conferência em Copán Ruinas sobre o solstício como parte de uma série de atividades educativas, científicas e culturais que se celebrarão até o dia 21 de dezembro de 2012.
"Segundo apontamentos históricos, a civilização maia se desenvolveu entre cerca de 700 a.C. e 800 d.C., enquanto a olmeca foi muitos anos antes. Os maias aprenderam algumas coisas dos olmecas e as desenvolveram a seu máximo nível", afirma Veliz.
Contagem regressiva
O relógio eletrônico que está marcando a contagem regressiva do último ano do calendário solar maia, de conta longa, foi ligado pelo presidente hondurenho, Porfirio Lobo, em 21 de dezembro passado no parque arqueológico de Copán Ruinas.
No ato cultural se desfrutou de um espetáculo artístico de grande colorido, com danças que imitavam as antigas dos maias. Jovens vestidos ao uso dos indígenas maias, com sua pele coberta de cores vivas participaram de representações dramatizadas de jaguares, papagaios e morcegos, figuras que se sobressaem nas esculturas de pedra dessa civilização.
O governante hondurenho fez um convite "ao mundo inteiro" para que em 2012 venha a Copán Ruinas, não só para compartilhar as jornadas educativas, científicas e culturais que vão acontecer por este motivo, mas também a herança que deixou a civilização maia.
Copán Ruínas se diferencia de outras cidades do Mundo Maia, integrado por Belize, El Salvador, Guatemala, Honduras e México, porque possui uma impressionante escalinata de hieróglifos, pirâmides, esteiras com finos decorados e altares, entre outros motivos.
"O que hoje vemos é como o início de uma nova era, de paz e de esperança", ressaltou Lobo, aproveitando para enviar uma saudação aos povos e governantes dos países do Mundo Maia.
Na cerimônia do dia 21 de dezembro em Copán Ruinas crianças e jovens interpretaram danças maias com ares modernos, em um espetáculo iluminado por um fogo em uma bandeja de barro em frente a uma réplica do Altar Q, que mostra a sucessão dos 16 governantes que teve Copán.
"Este dia é de muito significado para o mundo e para Honduras", enfatizou Lobo, dizendo também que durante o que resta até o dia 21 de dezembro de 2012 no país serão realizadas atividades científicas, acadêmicas e culturais em torno da civilização maia.
"O mundo não está acabando em 2012 nem nada que se pareça. Voltamos a nos juntar com nossa natureza", ressalta Nelly, convidando nacionais e estrangeiros a percorrerem e conhecerem o mundo maia.
Copán Ruinas continua sendo um dos lugares de maior interesse turístico de Honduras, localizado no departamento ocidental de Copán, na fronteira com a Guatemala.
Para aumentar o número de visitantes, as autoridades do país centro-americano têm prevista a construção de um pequeno aeroporto que permita levar turistas de diferentes regiões do país, inclusive os que com frequência chegam em cruzeiros de luxo à ilha caribenha de Roatán.
O tempo
Nelly disse que em 2012 serão realizados vários eventos importantes como a abertura de entre cinco e seis novas descobertas arqueológicas em Copán Ruinas e conferências magistrais com renomados arqueólogos internacionais. Também se fará a reabertura do Museu Regional de Arqueologia e o público poderá ser testemunha de fenômenos como o apogeu, o solstício e o equinócio.
O presidente da Câmara de Turismo, Epaminondas Marinakis, lembra que 21 de dezembro marcou "o solstício do inverno e foi o dia mais curto no hemisfério norte, e o mais longo do ano no hemisfério sul".
Ele acrescenta que 21 de dezembro de 2012 será o final do grande ciclo ou conta longa no calendário maia, "que consiste em três diferentes contas de tempo (de 260 e 365 dias, e a última de 5.125 anos) que transcorrem simultaneamente".
“Essa medição de tempo, foi predita pelos Maias partindo do ano 3.114 antes de Cristo, embora eles ainda não existissem então”, finaliza Marinakis.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Cleópatra, a última rainha do Egito
Ela na verdade não se destaca na história egípcia somente devido aos seus romances, mas sim por ter sido a primeira da família ptolomaica a falar o idioma egípcio, ao contrário dos demais governantes da dinastia que só falavam grego.
Áquilas, que estava no comando do exército que invadiu a cidade, teve sua morte encomendada por Arsinoe que declarou o seu eunuco Ganímedes o novo general. Já no palácio, César mandou executar Potino e libertou Ptolomeu XIII da prisão. Quando se viu livre sua primeira medida foi se unir a Arsinoe, o que, travou o seu destino.
Cleópatra então engravidou, mas como não podia, e nem queria, declarar que a criança pertencia a Ptolomeu XIV, ela teve uma idéia. Todos no Egito sabiam que o pai era Júlio César, logo ela se reuniu aos sacerdotes e pediu que eles afirmassem à população que o governador romano era a reencarnação do deus Amon, assim, não teria problema algum que a rainha engravidasse dele. A criança que Cleópatra esperava seria o único filho de César, já que nenhuma das esposas que ele tivera em Roma lhes deu um.
Quando o testamento do imperador foi a público o povo romano soube que também eram herdeiros do ditador, pois ele deixará uma quantia considerável de dinheiro para cada cidadão e que Brutos, um dos seus assassinos, deveria ser o tutor do filho que César poderia vir a ter. Tomando ciência destes fatos os romanos decidiram condenar o grupo de conspiradores.
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